quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Oficina de Interpretação


A sala estava imunda. Os restos de guardanapos, farelos e outros tipos de coisas não identificadas de alguma festa de confraternização do semestre passado ainda estavam presentes no ambiente. E assim que o professor acabou de organizar as carteiras em círculo no meio da sala, ficou descalço.

Ótimo, tudo que eu queria era sujar meus pés. Mas é claro que não acabaria aí. Quem tem alguma noção de aulas desse tipo sabem como o negócio funciona, e sabem também que ficar descalço é só o começo para depois rolar no chão. Então a aula era de teatro, o que mais eu queria? Bom, pelo menos uma sala limpa.

Depois deste empecilho tudo que pude fazer foi me entregar à aula. O professor explicou que ele não ia formar atores profissionais, ou qualquer coisa do tipo. Falou para lermos um livro e ainda pediu um fichamento para a aula seguinte da primeira parte do tal livro.

Para começar tivemos uma “aula” de Ioga. Estica pra cá, puxa pra lá, alonga daqui e dali. Isso era para preparar o corpo. Porque pelo que entendi o ator tem que estar com o corpo, voz e mente preparados (acho que ainda tinha mais uma coisa a se preparar mas agora não tô lembrando).

Depois, “aula” de canto.
Hummmmmmmmmmmmmmmmaaaaaaaaaaaaa.... Hummmmmmmeeee.... Humiiiiiiiiiiiiiiii... E assim por diante. E depois de muito mmmmmmmmmm é claro que cantamos uma bela canção, neste caso era do Gonzaguinha: “O que é, o que é?”

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz. Ah meu Deus! Eu sei, eu sei... Que um dia a vida será bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita, é bonita, é bonita e é bonita.”

Gostei de cantar.

Também dançamos ao som de uma música lenta, e depois de uma muito estranha, mas ainda sim divertida. Foi a parte para se soltar.

Teve um “momento meditação”, no qual muita gente se deitou no chão (que a essa altura já não devia estar tão sujo, porque já estávamos o limpando com os pés), eu apenas sentei, ao contrário do que diz a propaganda do sabão Omo.

Teve um tal de exercício do “toque”. Calma-lá! Não esse toque. Bom, Era um negócio que começou em dupla, e você tinha que ir encostando na pessoa e meio que rodando, se movendo, sem desencostar, mas o professor falou que não era para tocar em lugares convencionais. Falando assim parece bizarro. E é. Só sei que o troço evoluiu e passaram a se ter trios, depois grupos e no fim tava todo mundo se esfregando um no outro. Tinha gente no chão, rolando, subindo, caindo, sei lá. Foi bem engraçado de se ver.

No final, uma pessoa se inclinava um pouco para receber uma “massagem” rápida de outro (tapinhas e batidinhas). E todo mundo foi embora pra casa com os pés (muito) sujos.

2 comentários:

Unknown disse...

esse chão tava sujo mesmoo emm!!
dhudsiogahughahgiusguhuishguisghasiu
legall essa aula! eu lembrei das minhas de teatro que eu fazia na escola! hahah
o bom eh q vc se solta! e eu acho vc uma boa atriz! qual que coisa nas horas vagas .. ia se uma boa pra vc! ;)
bjo! tah otimo o blog!

Fabiano disse...

Foi bom ter trocado de imundície com a galera, no momento do esfrega-esfrega! kKKKKK
Bjs!