sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A viagem

A viagem pareceu mais longa que o comum. Naquele mini-avião cabiam 31 pessoas (eu contei), uma comissária de bordo e o comandante. Quando entrei na aeronave “EMB 120 Brasília Advanced” percebi que o teto batia exatamente na minha cabeça, o que dá mais ou menos 1,73 de altura.

Quando sentei na poltrona individual 6, ao lado da asa esquerda, percebi que minhas pernas mal cabiam. Quando tentei inclinar a poltrona, ela não tinha esta opção.

Minha irmã tinha me passado um pouco de medo. Ela já tinha viajado neste avião, e seus comentários não foram dos melhores. Parei um pouco e rezei pra chegar inteira no destino.

Até o avião decolar, nada que fosse completamente perturbador. Perturbador como o barulho das hélices, ou das turbinas, ou dos dois, sabe lá o que era o causador daquilo. Sei apenas que fiquei com a impressão que o avião estava decolando o tempo todo.

A única coisa que realmente me incomodou foi a barulheira durante 1 hora e meia. O restante me pareceu normal. Inclusive o alívio quando o avião pousou.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Esqueceram de mim

Mas é claro que quando eu vi que filme estava começando eu tive que assistir. O Macaulay Culkin era um molequinho muito fofo. E as piadas, muito boas.

O Kevin (Culkin) fazendo compras é demais. E a cantoria depois do banho? E é claro, a famosa cena dele passando loção pós-barba (seria loção? bom, não sei) e dando o famoso grito. Aliás, essa cena foi baseada no quadro “O Grito” do Munch.

O diretor é o Chris Columbus. Ele quem escreveu os “Gremlins”(84) e “Os goonies”(85). E foi ele quem dirigiu também: “Uma babá quase perfeita”, “Nove meses”, “O homem bicentenário” e Harry Potter (um e o dois, e ainda ajudou a produzir o terceiro). Muitos destes eu vi na Sessão da Tarde.

Outra coisa legal que descobri é que o Daniel Stern (o ladrão Marv, o mais alto) dublou vários episódios de “Dilbert”, como o próprio Dilbert. Ele também já narrou dois episódios dos Simpsons.

Esqueceram de mim é um dos maiores clássicos dos anos 90. A Family Comedy Without The Family.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Oficina de Interpretação


A sala estava imunda. Os restos de guardanapos, farelos e outros tipos de coisas não identificadas de alguma festa de confraternização do semestre passado ainda estavam presentes no ambiente. E assim que o professor acabou de organizar as carteiras em círculo no meio da sala, ficou descalço.

Ótimo, tudo que eu queria era sujar meus pés. Mas é claro que não acabaria aí. Quem tem alguma noção de aulas desse tipo sabem como o negócio funciona, e sabem também que ficar descalço é só o começo para depois rolar no chão. Então a aula era de teatro, o que mais eu queria? Bom, pelo menos uma sala limpa.

Depois deste empecilho tudo que pude fazer foi me entregar à aula. O professor explicou que ele não ia formar atores profissionais, ou qualquer coisa do tipo. Falou para lermos um livro e ainda pediu um fichamento para a aula seguinte da primeira parte do tal livro.

Para começar tivemos uma “aula” de Ioga. Estica pra cá, puxa pra lá, alonga daqui e dali. Isso era para preparar o corpo. Porque pelo que entendi o ator tem que estar com o corpo, voz e mente preparados (acho que ainda tinha mais uma coisa a se preparar mas agora não tô lembrando).

Depois, “aula” de canto.
Hummmmmmmmmmmmmmmmaaaaaaaaaaaaa.... Hummmmmmmeeee.... Humiiiiiiiiiiiiiiii... E assim por diante. E depois de muito mmmmmmmmmm é claro que cantamos uma bela canção, neste caso era do Gonzaguinha: “O que é, o que é?”

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz. Cantar (e cantar e cantar) a beleza de ser um eterno aprendiz. Ah meu Deus! Eu sei, eu sei... Que um dia a vida será bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita, é bonita, é bonita e é bonita.”

Gostei de cantar.

Também dançamos ao som de uma música lenta, e depois de uma muito estranha, mas ainda sim divertida. Foi a parte para se soltar.

Teve um “momento meditação”, no qual muita gente se deitou no chão (que a essa altura já não devia estar tão sujo, porque já estávamos o limpando com os pés), eu apenas sentei, ao contrário do que diz a propaganda do sabão Omo.

Teve um tal de exercício do “toque”. Calma-lá! Não esse toque. Bom, Era um negócio que começou em dupla, e você tinha que ir encostando na pessoa e meio que rodando, se movendo, sem desencostar, mas o professor falou que não era para tocar em lugares convencionais. Falando assim parece bizarro. E é. Só sei que o troço evoluiu e passaram a se ter trios, depois grupos e no fim tava todo mundo se esfregando um no outro. Tinha gente no chão, rolando, subindo, caindo, sei lá. Foi bem engraçado de se ver.

No final, uma pessoa se inclinava um pouco para receber uma “massagem” rápida de outro (tapinhas e batidinhas). E todo mundo foi embora pra casa com os pés (muito) sujos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Ai Meirelles.

Acho que estou apaixonada pelo Fernando Meirelles. Espero que meu namorado não se ofenda com essa afirmação (imagino que não - inclusive acho que ele mesmo está levemente apaixonado também - porque, depois que assistimos à "O Jardineiro Fiel", ontem ele soltou: "Vou construir uma estátua do Meirelles amanhã").

Eu já sabia que o Meirelles é um grande cara, inteligente, ótimos filmes. Depois de assistir “O Jardineiro Fiel” fiquei meio encucada e meu grande amigo Google só confirmou que ele é mesmo demais. Eu já sabia dos seus filmes e sobre seu novo Blog, mas depois que eu li um bocado de coisas, eu realmente entendi sobre o que muita gente fala.

Pra quem não sabe ele é o cara que dirigiu “Cidade de Deus” e o filme foi indicado para 4 Oscars. Ele dirigiu também: “Domésticas – o filme”, “Menino Maluquinho 2”, “O Jardineiro Fiel”(também indicado para 4 Oscars), “Cidade dos Homens” (série) , “Antônia”(série), e agora está na pós-produção do filme “Blindness”. Sobre este filme ele mantém um Blog, o Diário de Blindness:

Nem preciso comentar que adorei seus textos. Pra quem gosta de cinema o Blog é uma boa pedida. É sobre um filme baseado no livro do Saramago: “Ensaio sobre a cegueira”. Ainda não li o livro, mas assim que eu acabar de ler uns livros que peguei emprestado, com certeza lerei.

A idéia de um Blog sobre um filme em produção é genial, não só porque é uma ótima propaganda, mas para os cinéfilos entenderem melhor o processo. E é claro, entender o que se passa na cabeça de um puta diretor de cinema.